Um hipervisor, ou monitor de máquina virtual, é um software, firmware ou hardware que cria e roda máquinas virtuais (VMs). Ele se apresenta aos sistemas operacionais hospedeiros como uma plataforma de virtualização e gerencia a execução dos sistemas operacionais convidados.
Fonte: Wikipedia 🔗
Esta lista contém alguns hipervisores do tipo 2 que recomendo para as atividades. Todos são gratuitos para uso pessoal e alguns podem ser usados gratuitamente em ambiente corporativo.
Oracle VM VirtualBox
Este é o hipervisor que recomendo para as atividades. Além de leve e de fácil configuração, é open source, podendo ser usado em ambientes corporativos. Está disponível para hosts Windows, Linux e MacOS X.
VMWare Workstation Player
Esta é a versão gratuita do poderoso "VMWare Workstation". Tem algumas limitações em relação á versão completa e pode ser um pouco pesado em hardwares mais fracos. Funciona com hosts Windows e só é gratuito para uso pessoal.
Microsoft Hyper-V para Windows 10
Poderoso ambiente de virtualização da Microsoft que pode ser uma boa escolha, dada a compatibilidade com o sistema Windows, quando hospedeiro. É totalmente gratuito e, obviamente, só pode hospedar VMs no Windows, mas suporta Linux visitante sem problemas.
Linux KVM
Não é bem um hipervisor tipo 2, mas um misto entre os dois tipos (1 e 2). Quando instalado, transforma o Linux em um hipervisor "bare metal", mas mantém as funcionalidades deste sistema. Está disponível para hospedeiros Linux e é totalmente gratuito (open source).
Só para lembrar os termos técnicos da virtualização:
Hipervisor ou VMM → Aplicativo que faz a crianção e gestão das máquinas virtuais. VMM significa Virtual Machine Monitor;
VM → Virtual machine ou máquina virtual;
Host ou hospedeiro → Sistema operacional instalado no hardware, onde o hipervisor será instalado;
Guest ou visitante → Sistema operacional instalado em uma máquina virtual.
ⓘ Atenção! Nos tutoriais com VM, utilizaremos o Oracle VirtualBox por ser compatibilidade completa com o Debian 11, ter uma licença livre e ser leve e fácil. Para usar outros hipervisores, leia a documentação dele e adapte seu "case".
Crie uma nova VM no VirtualBox com as seguintes características:
Nome: Debian 11
Tipo: Linux
Versão: Debian 64-bit
Tamanho da memória: 1024 MB
Novo disco rígido → Padrão VDI → Dinamicamente alocado → 8GB ou mais
Interface de rede:
Adaptador 1
Se baixou a imagem ISO "Netinst" → Conectado a: → NAT
Se baixou a imagem ISO "DVD 1" → Conectado a: → Não conectado
Inicie a nova VM e no popup "Selecione o disco rígido de boot", localize e aponte para a imagem ISO que será usada, clicando no ícone de diretório e logo em seguida em "Acrescentar". Aponte para a imagem ISO e clique em [Escolher]. De volta ao popup anterior, clique em [Iniciar] para "bootar" a instalação.
ⓘ Atenção! Dependendo das configurações de hardware e software do ambiente, as opções de instalação podem variar um pouco.
Em vez de entrar em desespero e chorar como uma menininha, pesquise, experimente e adapte-se ao meio...
Já na primeira tela de instalação do Debian 11, selecione a forma de instalação, sendo que recomendo usar "Graphical install".
Setas (▲ e ▼ ) selecionam e a tecla enter (⏎ ) confirma a seleção.
Na tela seguinte, "Selecionar um idioma", use um de sua preferência. Aqui, usarei "Português do Brasil". Lembre-se das setas e do [Enter]...
Na seleção da localidade, da mesma forma, escolha a correta para seu "case".
Na tela seguinte, selecione o layout do teclado conforme seu modelo e aguarde o processo iniciar...
Na instalação usando "DVD 1", o DHCP vai falhar porque estamos com a interface desconectada da Internet. Avançe e marque "Não configurar a rede agora".
Quando solicitar o nome do host (Nome da máquina) na rede, digite "DEBIAN11" ou algo similar.
Na sequência o instalador solicita a "Senha do root". Use uma senha fácil tipo "12345" e não se esqueça de anotá-la, já que é extremamente vergonhoso, um profissional de TI não conseguir acessar um sistema "dele" porque não tem a senha... Essa senha pode ser trocada no futuro.
Uma conta de usuário precisa ser criada. Use seu nome ou simplesmente "user", "usuario", "geremias", ...
Informe a senha do novo usuário, sem esquecer de usar uma senha simples e principalmente anotá-la!
👉 Dica: anote as credenciais e as senhas no celular!
Na tela seguinte, selecione a região do fuso horário e avance.
Na seção de particionamento de discos, selecione "Assistido - usar disco inteiro". Selecione o disco de instalação disponível.
Marque "Todos os arquivos em uma partição (para iniciantes), depois em "Finalizar o particionamento e escrever as mudanças no disco".
Marque "Sim" para confirmar o particionamento e avance para iniciar a instalação do sistema básico.
O instalador vai questionar se você deseja inserir outras mídias de instalação. Marque "Não" e siga em frente...
A tela seguinte solicita a inserção dos espelhos de rede e aqui temos duas possibilidades:
Se está usando a imagem de instalação "NetInst", marque "Sim" e avance;
Na configuração do Gerenciador de pacotes, apenas aceite o padrão e continue.
Se está usando a imagem de instalação "DVD 1", marque "Não" e avance;
⚠ Se a instalação falhou em prosseguir neste momento, provavelmente você falhou em ler este tutorial que foi escrito com tanto carinho, mais especificamente, na etapa "Preparação da VM". Esse é um ótimo motivo para você começar todo o processo novamente, só que agora, prestando muito mais atenção!!!
"Participar do concurso de pacotes?": responda "Não".
Independente do que estiver disponível na seleção de pacotes, desmarque tudo e marque apenas:
"ambiente de área de trabalho no Debian" → Instala o gerenciador de área de trabalho gráfica → GUI;
"Xfce" → Interface gráfica muito simples e leve;
"utilitários de sistema padrão" → O mínimo de aplicativos para gerir o sistema.
Já finalizando a instalação, confirme a instalação do "Grub" e selecione a unidade de boot correta → /dev/sda.
Se tudo deu certo, após o sistema reiniciar, já temos o Debian 11 instalado na VM e pronto para usar. Após a inicialização, logue-se com as credenciais do "root" que, via de regra, é o administrador do sistema.
Só para frisar, evite usar o sistema, no dia-a-dia, como "root". Isso é tremendamente perigoso e quebra toda a premissa de que ambientes Linux são mais seguros que ambientes Windows... 😉